sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A primeira consulta com o Neurocirurgião

Logan teve sua primeira consulta com o neurocirurgião no dia 24 de setembro. Acordamos aquele dia bem cedo, deixamos a Julie na casa de uma babá e seguimos rumo ao CHOP (Children Hospital of Philadelphia). Levamos 1 hora e 50 minutos pra chegar, e não tivemos dificuldades em encontrar o nosso setor. O CHOP é um hospital muito conceituado e está entre os que mais realiza cirurgia de craniossinostose nos Estados Unidos. Eu sabia que meu filho estaria em boas mãos e fomos de coração aberto para a consulta.

Mil perguntas se passavam pela minha cabeça. Baseado em tudo que tinha lido sobre o assunto, fiz uma lista na noite anterior de tudo que eu julgava necessário perguntar.

Rapidamente fizemos nosso cadastro e em poucos minutos já estávamos dentro da sala de consulta. O neurocirurgião, Dr. Storm, não precisou de muito para confirmar o diagnóstico, senti um alívio muito grande quando ele nos afirmou que a craniossinostose do Logan não estava associada a nenhuma síndrome e que a cirurgia resolveria o problema dele.

Então perguntei se realmente era necessário a cirurgia e ele respondeu que sim, fez uma ligação e pediu que Dr. Taylor viesse nos encontrar e que trouxesse sua equipe.

Dr. Taylor é cirurgião Plástico da equipe e seu papel na cirurgia é fundamental, junto a ele vieram outros três médicos e então discutimos como seria o procedimento.

A cirurgia tem dois objetivos:
  1. Dar ao cérebro espaço para crescer. Ele nos explicou que com 1 ano de idade o cérebro do bebê já alcança metade do tamanho de um cérebro de um adulto, e aos dois anos já atinge seu crescimento total. É necessário ter espaço para que esse cérebro possa crescer normalmente sem prejudicar seu desenvolvimento.
  2. Fazer com que a aparência estética seja o mais "normal" possível.
Logan passará pelo procedimento CVR (Cranial Vault Reconstruction). Existem outros métodos de se fazer a cirurgia da craniossinostose,entre eles um considerado menos invasivo por endoscopia,  pretendo fazer uma postagem sobre isto ainda, com os pós e os contras de cada método, mas hoje falarei brevemente sobre o CVR.
 
Apesar de ser uma cirurgia grande e aparentemente a mais agressiva, é que mais apresenta resultados satisfatórios. Como o nome já diz, trata-se de uma Reconstrução do crânio.
Simplificando, é feito uma incisão de orelha a orelha, as placas ósseas que fazem parte da sutura fechada serão retiradas, reconstruidas e recolocadas. O neurocirurgião inicia o processo, abre o crânio e garante que nada será prejudicado no cérebro. Depois o cirurgião plástico assume a cirurgia,  reconstrói e coloca tudo no seu devido lugar.

Quero fazer uma postagem com mais detalhes, pois essa cirurgia também engloba a órbita ocular e outros detalhes, mas preciso estudar mais sobre o assunto, e terei mais detalhes depois da nossa próxima consulta com o Dr. Taylor.

Depois de explicado o procedimento para a gente, eu então perguntei o que esperar do pós-cirúrgico. Ele disse que não é comum ter que refazer a cirurgia, mas infelizmente existe um número de crianças que precisam de um segundo procedimento. A cirurgia dura em média 5 a 6 horas e a estadia no hospital entre 4 e 5 dias, sendo 2 na UTI. Ele precisará de transfusão de sangue e eu provavelmente poderei ser a doadora.

Quando será a cirurgia?
Esta cirurgia tem uma idade considerada "segura".  Para nós foi dito entre os 7 e 10 meses, pois os ossos devem estar mais firmes para a realização do procedimento. Mas tenho visto casos bem sucedidos de bebês que fizeram antes dos 7 meses e depois dos 10 meses e estão se desenvolvendo muito bem!
A data ainda não foi marcada, provavelmente ela será agendada no dia que ele fizer a tomografia.

Depois de termos conversado sobre a cirurgia, ele pediu que fosse agendado uma CT scan (tomografia computadorizada em 3D). Nesse exame ele vai avaliar se existe alguma pressão intracraniana, se há algum fluído, e se existe mais alguma sutura fechada além da metópica.

O ct scan foi agendado para o dia 13 de outubro, e para o nosso desespero cancelado porque o plano de saúde não cobriria. Essa já é outra história, a bendita saga pela Tomografia.

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