Mil perguntas se passavam pela minha cabeça. Baseado em tudo que tinha lido sobre o assunto, fiz uma lista na noite anterior de tudo que eu julgava necessário perguntar.
Rapidamente fizemos nosso cadastro e em poucos minutos já estávamos dentro da sala de consulta. O neurocirurgião, Dr. Storm, não precisou de muito para confirmar o diagnóstico, senti um alívio muito grande quando ele nos afirmou que a craniossinostose do Logan não estava associada a nenhuma síndrome e que a cirurgia resolveria o problema dele.
Então perguntei se realmente era necessário a cirurgia e ele respondeu que sim, fez uma ligação e pediu que Dr. Taylor viesse nos encontrar e que trouxesse sua equipe.
Dr. Taylor é cirurgião Plástico da equipe e seu papel na cirurgia é fundamental, junto a ele vieram outros três médicos e então discutimos como seria o procedimento.
A cirurgia tem dois objetivos:
- Dar ao cérebro espaço para crescer. Ele nos explicou que com 1 ano de idade o cérebro do bebê já alcança metade do tamanho de um cérebro de um adulto, e aos dois anos já atinge seu crescimento total. É necessário ter espaço para que esse cérebro possa crescer normalmente sem prejudicar seu desenvolvimento.
- Fazer com que a aparência estética seja o mais "normal" possível.
Apesar de ser uma cirurgia grande e aparentemente a mais agressiva, é que mais apresenta resultados satisfatórios. Como o nome já diz, trata-se de uma Reconstrução do crânio.
Simplificando, é feito uma incisão de orelha a orelha, as placas ósseas que fazem parte da sutura fechada serão retiradas, reconstruidas e recolocadas. O neurocirurgião inicia o processo, abre o crânio e garante que nada será prejudicado no cérebro. Depois o cirurgião plástico assume a cirurgia, reconstrói e coloca tudo no seu devido lugar.
Quero fazer uma postagem com mais detalhes, pois essa cirurgia também engloba a órbita ocular e outros detalhes, mas preciso estudar mais sobre o assunto, e terei mais detalhes depois da nossa próxima consulta com o Dr. Taylor.
Depois de explicado o procedimento para a gente, eu então perguntei o que esperar do pós-cirúrgico. Ele disse que não é comum ter que refazer a cirurgia, mas infelizmente existe um número de crianças que precisam de um segundo procedimento. A cirurgia dura em média 5 a 6 horas e a estadia no hospital entre 4 e 5 dias, sendo 2 na UTI. Ele precisará de transfusão de sangue e eu provavelmente poderei ser a doadora.
Quando será a cirurgia?
Esta cirurgia tem uma idade considerada "segura". Para nós foi dito entre os 7 e 10 meses, pois os ossos devem estar mais firmes para a realização do procedimento. Mas tenho visto casos bem sucedidos de bebês que fizeram antes dos 7 meses e depois dos 10 meses e estão se desenvolvendo muito bem!
A data ainda não foi marcada, provavelmente ela será agendada no dia que ele fizer a tomografia.
Depois de termos conversado sobre a cirurgia, ele pediu que fosse agendado uma CT scan (tomografia computadorizada em 3D). Nesse exame ele vai avaliar se existe alguma pressão intracraniana, se há algum fluído, e se existe mais alguma sutura fechada além da metópica.
O ct scan foi agendado para o dia 13 de outubro, e para o nosso desespero cancelado porque o plano de saúde não cobriria. Essa já é outra história, a bendita saga pela Tomografia.
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