terça-feira, 13 de outubro de 2015

O que é craniossinostose?

O crânio do bebê é formado por várias placas ósseas. Essas placas são unidas entre si através de suturas.
As suturas são as responsáveis por garantir ao crânio a capacidade de crescer e se expandir de maneira uniforme a medida que o cérebro for crescendo. Por esse motivo o fechamento prematuro de uma ou mais das suturas, além de causar uma deformidade na aparência física, deixando-a assimétrica, corre-se também o risco do bebê desenvolver uma pressão intracraniana, e consequentemente lesões cerebrais.
Essa fusão prematura de uma ou mais suturas recebe o nome de craniossinostose, conhecida também como cranioestenose.



Tipos de Craniossinostose:

  • Escafocefalia:  Fusão prematura da sutura sagital. É a forma mais comum de craniossinostose abrangendo em média 40 % a 58 % nos casos diagnosticados de crânio. Fisicamente aparentam ter a testa saliente e cabeça alongada.



  •  Braquicefalia: Fusão  prematura da Sutura coronal. pode ser unilateral ou bilateral. É a segunda forma mais comum de craniossinostose com incidência maior em meninas do que em meninos. A característica que indica sua fusão é a elevação da órbita ocular no lado afetado e  achatamento na região dos olhos.

  •  Trigonocefalia: Fusão prematura da sutura metópica. É a terceira forma mais comum de craniossinostose, com maior incidência em meninos e englobando a média de  5% a 12% dos diagnósticos. O crânio resulta numa forma triangular, e pode resultar em vários graus de hipoterismo e até a perda total da visão. Fisicamente é possível notar uma saliência na testa que lembra a proa de um barco e sentir uma crista que se forma devido a fusão.  
  • Plagiocefalia anterior ou posterior: Fusão prematura das suturas lambdóide. Resulta em um achatamento do crânio no lado afetado e um crescimento desproporcional ao lado oposto. 
    • Não deve ser confundida com a plagiocefalia posicional, esta por sua vez é um achatamento causado pelo bebê  ficar sempre em uma mesma posição, não causa crescimento desproporcional ao lado oposto, e não precisa de intervenção cirúrgica. Podem simplesmente ser tratados com alternância dos lados que a criança dorme, ou uso de capacete em casos mais severos.
  • Oxicefalia: Quando ocorre a fusão de duas ou mais suturas simultaneamente.
Algumas síndromes estão associadas a craniossinostose. Estudos associaram cerca de 70 síndromes, entre elas as com maior incidência são: Síndrome de Crouzon, Síndrome de Apert, Síndrome de Pfeiffer, Síndrome de Seathre-Chotzen e Síndrome de Carpenter.


As causas:

Ainda sob pesquisas, para a craniossinostose que não se relaciona a nenhuma síndrome trata-se de uma má formação, que pode ser congênita, percebida logo após o nascimento, ou pode se desenvolver nos primeiros meses de vida. Pode acontecer em qualquer família (nas mais especiais no meu ponto de vista). Já no caso de craniossinostose sindrômica, a origem é genética.

O diagnóstico:

O diagnóstico pode ser feito durante o exame físico com seu pediatra. A primeira suspeita é sempre visível e
é possível também sentir as fontanelas e as suturas.
Uma vez levantada a suspeita, é crucial que o bebê seja avaliado por um neurocirurgião pediatra, ele sim irá direcionar aos exames para a confirmação do diagnóstico.
Muitas vezes raio x não mostram com detalhes as suturas, e acabam resultando em erro no diagnostico. O mais recomendado é a tomografia computadorizada (tc), que além de avaliar as suturas, ainda mostram se há alguma pressão intracraniana ou fluidos.

Tratamento:


A chave para o tratamento  da craniossinostose esta em detectar o mais cedo possível. Quanto mais cedo a intervenção, maiores as chances de evitar que a criança sofra alterações cerebrais que podem resultar em prejuízo do intelecto, causando atrasos no desenvolvimento, dificuldade de aprendizagem e em caso mais graves, autismo e perda total da visão.
O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico. Uma vez confirmado o diagnóstico com o neurocirurgião, ele é quem avaliará se há ou não necessidade de intervenção cirúrgica e qual a melhor idade para a realização do procedimento. 



aviso importante pessoal!!!
As informações que disponibilizo nesta postagem tem o objetivo apenas de informar. Não poderão jamais serem utilizadas em substituição de um diagnóstico médico. Me eximo de qualquer responsabilidade advinda da má utilização das informações aqui compartilhadas.





2 comentários:

  1. História impressionante, muito emocionada. Minha BB tbm foi diagnosticada com craniostenose tipo trigonocefalia, está com 11 meses e estamos nos preparando para cirurgia com muito aperto no coração.

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  2. Preciso d sua ajuda to com meu bebê...com craniostenose trigonocefalia

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